Revirei todo o lixo da minha casa
E encontrei pedaços de pútrido atum.
Do frango, só restava a fétida asa,
De dentro de mim, saiu um nefasto pum.
Dos cantos mais desolados do intestino
Saíram as névoas fedidas e escuras,
Todas sem direção, todas sem destino,
Representando minhas amarguras.
Os que me cercavam bradavam em ira:
-Mas o que ingeriste para liberar tal mazela?
Teu corpo decomposto nos dá medo!
Para responder, fiz do traque uma lira:
-Ingeri lixo e fiz a coisa mais bela;
Um poema sobre o pum, o traque e o torpedo.
sábado, 3 de maio de 2008
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