sábado, 3 de maio de 2008

A margem à margem.

Acho que é uma bailarina
Com seus saltos, flertes
E seu equilíbrio belo
Inquebrantável

Perto de montanhas e abismos
Ela dança e quase
Quase erra o passo e desliza
Mas o quase não basta
Acaba sorrindo levemente
A cada "ai" suspirado com temor

É bravura ou bravata, bailarina?
Qual deles pariu seus rodopios
Sua coreografia flamboiante?

De qual paixão se sutentam seus pés
Fincados em fina camada
De margens perigosas?

Talvez seja o prazer ímpar
De tocar sem ser tocada
Ó Dançarina de Beiradas
Enquanto não sei o porque
Ou o como de sua graça
Apenas aprecio o belo equilíbrio
Inquebrantável

Um comentário:

Anônimo disse...

yeah